Em entrevista com o técnico Rafael Choco, entenda a importância da categoria de base no basquete
Um jovem que possui o sonho de jogar basquete, precisa começar pela categoria de base para aprender a lidar com o emocional e obter um desenvolvimento técnico, para que dessa forma, alcance a formação profissional.
A partir dos 11 anos já é possível iniciar no basquete pela categoria de base e permanecer até o atleta completar a maioridade, e passar para a equipe adulta. Apesar de parecer um longo período, a trajetória é fundamental para o jogador, de forma que o prepara para lidar com o mundo competitivo do esporte.
Em entrevista com o técnico Rafael Luiz De Souza, da APABA, ele conta sobre a importância da categoria de base no basquete para a vida dos atletas, por desenvolver um papel fundamental, formando novos talentos na modalidade e indivíduos que, futuramente irão fazer a diferença na sociedade. Além disso, comenta que existe uma missão em conjunto com o clube, com o objetivo de traçar o perfil dos jovens atletas:
“ Em Santo André temos uma enorme tradição na formação, e nesse momento tão difícil, temos o suporte fundamental da nossa administração pública, na figura do nosso prefeito Paulo Serra, que mantém toda a equipe comprometida nesse trabalho.”
Graduado em Educação Física e há 18 anos seguindo carreira como técnico de basquete, Rafael Choco, como é popularmente conhecido, comenta sobre o profundo laço que possui com a APABA. Neste local, iniciou a trajetória pelo Sub 11 e permaneceu até a equipe adulta. Após esse tempo, começou a carreira como técnico no clube, e atualmente é coordenador das equipes de base, no masculino e feminino; técnico das equipes Sub 15 e 17; e também realiza a assistência técnica da equipe adulta. Com a extensa experiência que possui, o treinador acredita que o seu trabalho carrega uma grande responsabilidade na formação dos atletas:
“Devemos sempre nos atentar que estamos lidando com os sonhos dessas crianças e esse deve ser o maior cuidado sempre. Em relação às prioridades, acredito que a primeira deve ser o ensino dos fundamentos do jogo, de forma que a criança se apaixone e queira praticá-lo sempre. Nas categorias mais altas, penso que a prioridade deva ser desenvolver as ferramentas para que os atletas possam estar preparados para atingir o nível profissional.”
Foi através da técnica Alzira Coraça, grande referência do esporte no país, que em 2020, Choco teve a oportunidade de trabalhar com a base feminina depois de muitos anos atuando como técnico do masculino. Ele comenta que logo no início percebeu algumas diferenças: as meninas procuram soluções técnicas para determinadas situações e enxergarem o jogo de maneira coletiva. Já os meninos geralmente estão mais acostumados a usar a força, velocidade e tendem a desenvolver soluções individuais. As características da equipe feminina despertou sua atenção, pois como técnico, buscou entender esse raciocínio.
O incentivo do basquete no Brasil
Mesmo com todo estímulo e envolvimento, o técnico declara que também é necessário o incentivo do esporte no Brasil, que como em outras modalidades, o basquete sofre com a falta de investimento. Para Choco, isso ocorre pela ausência da valorização esportiva, mas, aponta sobre a condição positiva que Santo André apresenta:
“Em relação ao basquete, aqui em Santo André, temos o privilégio de uma administração pública que dá todo o suporte para APABA, que por sua vez tem na figura do Presidente Sérgio Macário, um apaixonado pela modalidade e que está fazendo um grande trabalho na condução desse projeto de formação dos jovens atletas.”
Choco conta que sempre fala para os iniciantes que “nenhum esporte é mais apaixonante do que o basquete”, antes de tudo, jogar deve ser algo divertido e prazeroso, por isso, também é importante se divertir na quadra.Com isso, ele finaliza, deixando um recado aos praticantes do esporte:
“ Sempre respeitem o jogo, e a melhor forma de fazer isso, é aprendendo os fundamentos e os praticando de forma constante. E por último, se lembrem de que é um jogo complexo, em que a parte física e emocional são tão importantes quanto a parte técnica.”